Inspire, expire, esvazie a mente.

O caminho surge do vazio.
E a folha continua em branco na mesa,
O terreno lá fora, esperando as sementes,
A tela, encostada na parede,
aguarda as tintas,
As peças na bancada, desarrumadas,
não fazem sentido.
O barro endurecido da escultura sonhada,
Os panos da nova roupa se amontoaram,
Os livros aguardam as mãos e os olhos
que irão apreciá-los.
Mas a ansiedade já vem com o amanhecer.
E a refeição vem sem sabor.
O banho um compromisso.
Mais dia… O perfume não encanta,
A beleza não surpreende,
Os olhares não se cruzam.
E com a cabeça baixa,
os olhos procuram outras vidas.
Pobre guerreiro… Tanto pra construir
Tudo tão perto,
mas tão longe… Valorizar cada momento.
Reaprender a olhar,
a sentir,
a brincar,
a respirar… E um dia,
apenas sentido sua respiração,
no intervalo do nada,
com a mente vazia,
tudo faz sentindo.
E a alma agradece.

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